domingo, 29 de novembro de 2009
GEORGE HARRISON GANHA ESTRELA NA CALÇADA DA FAMA EM HOLLYWOOD.
sábado, 28 de novembro de 2009
JAZZ - O PRIMO RICO
O jazz é uma manifestação artístico-musical originária dos Estados Unidos. Tal manifestação teria surgido por volta do início do século XX na região de Nova Orleans e em suas proximidades, tendo na cultura popular e na criatividade das comunidades negras que ali viviam um de seus espaços de desenvolvimento mais importantes.
O Jazz se desenvolveu com a mistura de várias tradições musicais, em particular a afro-americana. Esta nova forma de se fazer música incorporava blue notes, chamada e resposta, forma sincopada, polirritmia, improvisação e notas com swing do ragtime. Os instrumentos musicais básicos para o Jazz são aqueles usados em bandas marciais e bandas de dança: metais, palhetas e baterias. No entanto, o Jazz, em suas várias formas, aceita praticamente todo tipo de instrumento.
As origens da palavra Jazz são incertas. A palavra tem suas raízes na gíria norte-americana e várias derivações têm sugerido tal fato. O Jazz não foi aplicado como música até por volta de 1915. Earl Hines, nascido em 1903 e mais tarde se tornou celebrado músico de jazz, costumava dizer que estava "tocando o piano antes mesmo da palavra "jazz" ser inventada".
Desde o começo do seu desenvolvimento, no início do século XX, o Jazz produziu uma grande variedade de subgêneros, como o Dixieland da década de 1910, o Swing das Big bands das décadas 1930 e 1940, o Bebop de meados da década de 1940, o Jazz latino das décadas 1950 e 60, e o Fusion das décadas de 1970 e 1980. Devido à sua divulgação mundial, o Jazz se adaptou a muitos estilos musicais locais, obtendo assim uma grande variedade melódica, harmônica e rítmica.
1) Miles Davis - Kind of Blue (1959)
2) John Coltrane - Ballads (1963)
3) Oscar Peterson - Night Train (1963)
4) Chet Baker - Baby Breeze (1965)
5) Grant Green - I Want to Hold Your Hand (1965)
6) Art Blakey's Jazz Messengers - Moanin´ (1959)
7) Cannonball Adderley - Somethin´ Else (1958)
8) Bill Evans - Moon Beams (1962)
9) The Dave Brubeck Quartet - Time Out (1959)
10) Duke Ellington - Such Sweet Thunder (1957)
11) Stan Getz - Jazz Samba (1962)
Da esquerda para direita: John Coltrane, Cannonball Adderley, Miles Davis and Bill Evans, 1958.
TENHA UMA BOA "JAM" !
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
BLUES - O PAI DO ROCK !
O blues já era popular entre os negros do sul dos Estados Unidos quando Robert Johnson foi até a intersecção das rodovias 61 e 49 vender sua alma para tornar-se um virtuoso bluesman. Talvez o pacto de Johnson com o Demo naquela encruzilhada em Clarcksdale, Mississippi, perto da meia-noite, seja só uma lenda, mas a enorme influência que o blues teve na música popular americana e ocidental desde então é bem verdadeira.
Música que nasceu triste e melancólica, um lamento cantado por escravos recém-libertos e seus descendentes, o blues tem suas raízes musicais no sincretismo da cultura africana com a européia e sua inspiração na vida sofrida dos negros norte-americanos na virada do século 19 para o 20. O som que surgiu no interior sulista, no delta do rio Mississippi, migrou para as cidades grandes como Nova Orleans, Memphis e Chicago, junto com os negros que foram em busca de uma vida melhor. Nessa trajetória, o violão e o banjo foram substituídos pela guitarra e o blues elétrico virou a base musical do rock’n’roll que conquistaria o planeta a partir dos anos 50.
O blues, o diabo e Robert Johnson
De sua vida cercada de mistérios o que se sabe é que Johnson foi um mulherengo inveterado, era dono de um talento único, aprimorado pela sua dedicação à música, adorava beber uísque e viajar pelas estradas ou ferrovias da região do delta do Mississippi. Numa cultura dominada pela superstição, o talento de Johnson em tocar o blues, “a música do Diabo”, e as letras das músicas que compunha, sempre o associando com o Demo, alimentaram a história de que ele havia vendido sua alma ao tinhoso em troca da habilidade de tocar violão melhor do que qualquer um.
Desde os tempos em que era guitarrista dos Yardbirds e do Cream, Eric Clapton tem sido um dos artistas britânicos que mais contribui para a popularização do blues. Considerado o “Deus da guitarra”, Clapton tem mostrado em versões, parcerias e nas suas próprias composições a importância de Robert Johnson, B.B. King e outros mestres do blues.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
WOODSTOCK - MÚSICA, PAZ E LIBERDADE
Quem esteve em Woodstock de 15 a 17 de agosto de 1969 afirma que foi a maior manifestação de paz de todos os tempos. Para as más línguas, a descontração foi resultado do enorme consumo de drogas praticado durante o evento pelos jovens representantes da "geração das flores".
O que estava planejado era algo totalmente diferente. Os quatro jovens de Bethel, no estado de Nova York, que alugaram para o festival de rock ao ar livre a propriedade rural de Max Yasgur, de 250 hectares, contavam com no máximo uns 80 mil hippies.
Mas, ainda antes de a festa começar, não parava de chegar gente para ouvir The Who, Jimmy Hendrix, Joan Baez, Crosby, Stills & Nash, Jefferson Airplane e muitos outros mais que haviam confirmado presença. Logo foi preciso desmontar as cercas da fazenda, o que ocorreu com toda a calma, porque o pessoal não era de arruaça.
Protesto político e fim de uma era
Em 1969, na verdade, já tinha quase passado a grande euforia da rebelião. Os estudantes de Paris, Berlim e Berkeley tinham desmontado suas barricadas e retornado às salas de aula.
Na Casa Branca, estava instalado Richard Nixon, que incorporava os clichês do governante reacionário em velhos moldes. E o que Woodstock significou, no fundo, foi a rejeição dos Estados Unidos que Nixon representava. Nada expressou tão bem essa rejeição quanto a guitarra de Jimmi Hendrix, entoando o hino nacional entrecortado pelos sons de bombas. Um ano antes de sua morte, o astro consagrava-se como o maior guitarrista de rock de todos os tempos.
O festival do amor e da paz rendeu lucros para seus organizadores, que ganharam com os áudios e vídeos produzidos sobre o evento. Na lembrança, permanece a imagem de um mar de lama preenchido pelo lixo deixado pelos participantes: a chuva que caiu em Woodstock só fez reforçar o mito.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
THEM CROOKED VULTURE
É um supergrupo, é certo, mas que parte da amizade entre três figurões do rock, Josh Homme, Dave Grohl e John Paul Jones. O resultado só podia ser poderoso.
A história dos supergrupos está recheada de acidentes - basta lembrar o caso recente dos Audioslave - sendo que na maioria desses casos há uma sobreposição de egos em favor do interesse comum do grupo. Nos Them Crooked Vultures, o que há é uma reunião do melhor de três mundos.
Imagine-se a pulsão rítmica dos Nirvana, o groove dos Led Zeppelin e o lado insinuante de Josh Homme. É verdade que o Rei da Idade da Pedra já se tinha cruzado com Dave Grohl mas se pensarmos que John Paul Jones é uma espécie de professor de ambos, a simbiose torna-se ainda mais perfeita. O casamento podia não ter resultado mas uma das ideias que ressalta desta aventura (será pontual ou para continuar?) é a de uma química que está muito para lá da partilha de interesses musicais. «Them Crooked Vultures» é um espaço de tertúlia que, por consequência da amizade, se transformou em música.
Sem surpresas, este é um álbum de rock`n`roll viril, para homens de barba rija, marinheiros e operários. Não se inscreve em nenhuma tendência nem pretende acrescentar mais do que doze canções pujantes. Claramente, a exigirem continuidade.
OUÇA SEM MODERAÇÃO !
O som tá bem ruim mas dá pra sentir o pesodomingo, 8 de novembro de 2009
ROCK AND ROLL, UM CINQUENTÃO BEM VIVIDO!
As pedras começaram a rolar no começo dos anos 50, no século passado, e refletiu, dizem os especialistas, a rebeldia de uma geração de jovens sobreviventes do desastre econômico que se abateu sobre os Estados Unidos, o “crack” da Bolsa, quinze ou vinte anos antes. Fábricas fechadas, lavouras dizimadas, comerciantes e investidores falidos e uma multidão de desempregados vagando pelas ruas das grandes cidades americanas, em busca de ajuda governamental. Os que nasceram nesse período caótico cresceram em meio a dificuldades, dores e privações. Um sombrio futuro.
A escandalosa e inquieta “juventude transviada” dos anos 50 quebrava todos os paradigmas e padrões comportamentais da sociedade cristã norte-americana. Era preciso extravasar todo aquele sentimento reprimido, contido, durante tanto tempo. Pois bem, o comportamento excêntrico e, até certo ponto, perigoso dessa juventude transviada era embalado por uma estranha música que atuava como um autêntico estimulante para tanta rebeldia: o Rock and Roll. Desse caldeirão em ebulição surgia o primeiro ídolo dos jovens americanos, cujo nome será sempre lembrado como uma espécie de ícone da rebeldia: James Dean, o galã e astro principal do filme “Juventude Transviada” que retratava o estilo de vida do próprio protagonista. Imagine a vida de um garoto bonitão, topete na testa, fútil e vagabundo, que vivia cercado de mulheres, pilotando um possante Porshe, o qual dirigia irresponsavelmente, geralmente bêbado, em “pegas” de rua, disputados com outros rapazes, em troco de fortes emoções diante da iminente presença da morte. Realmente, o rebelde e transviado James Dean morreu jovem, vítima da imprudência ao dirigir. Mas voltemos à discussão sobre a tese do surgimento do Rock, cujo ritmo é uma fusão de várias influências musicais norte-americanas. O Rock é, na verdade, o resultado de uma grande mistura de ritmos e tendências musicais. A Folk music, a Country Music e a chamada Western Music deram aquele “molho” rural, aquela “toada” ao novo ritmo. O Blues - derivado do Spiritual, música gospel cantada até hoje nas igrejas do Harlem - e o Jazz, ritmo e estilo também nascido dos negros, são considerados a matriz do Rock e exerceram uma forte influência na nova música. Até mesmo o Calípso - ritmo caribenho - entrou na dança, servindo de base para as adocicadas e românticas baladas que consagraram o jovem Neil Sedaka. O Rock’n Roll foi rotulado como a nova música dos negros americanos, uma música étnica, incorporada aos padrões de segregação cultural da época. Estudiosos e pesquisadores garantem que o Rock se originou diretamente de outro estilo musical característico do negro americano, o Rhythm and Blues. Aliás, essa é a tese consagrada nos meios acadêmicos. Para a maioria, a aceleração dos compassos do Rhythm and Blues deu origem ao primitivo Rock’n Roll. Muitos creditam a primazia do Rock a um guitarrista de nome Charles Edward Berry, mais conhecido como Chuck Berry, que impressionara um dos papas do Jazz, Muddy Waters, com sua guitarra. Contratado, por indicação de Muddy, pela gravadora Chess Records, Berry gravou, em 1952, Maybellene, uma frenética canção que misturava Blues, Rhythm & Blues e Country Music. Isso era Rock’n Roll! E era muito interessante ver os meninas e meninos brancos dançando ao som de uma música considerada negra. Um escândalo!
Mas, um outro registro nos mostra que um pouco antes, em 1951, um grupo musical de nome Bill Halley And His Comets, fazia relativo sucesso com Rock This Joint, uma mistura de Country, Western e Rhythm & Blues. Êpa! Isso era Rock! No entanto, em 1954, surgia o que pode ser considerado o primeiro grande sucesso do Rock: a música Rock Around The Clock, gravada por Bill Halley, que explodiu no mundo inteiro, tema do filme Blackboard Jungle. Estava lançado mundialmente o maior fenômeno musical de todos os tempos. O ritmo que mudou os padrões comportamentais da juventude: o Rock and Roll. Nascido da fusão da música negra com várias vertentes da cultura norte-americana, o Rock se tornou universal, adotando como pátria os mais diversos cantos do mundo onde é cultuado. Um verso da nossa MPB diz: “quem não gosta de Samba, bom sujeito não é...” E quem não gosta de Rock, o que é?
sábado, 7 de novembro de 2009
OS MAIORES MITOS E LENDAS DO ROCK
O mito diz que o seminal album de 1973 do Pink Floyd, "The Dark Side of the Moon", sincroniza diretamente e perfeitamente como trilha sonora do filme "O Mágico de Oz" de 1939. Entusiastas da teoria defendem que existem cerca de 100 momentos de sinergia e interação entre o filme e a gravação. Apesar de a banda negar a teoria (o engenheiro de som chamou isso de "um monte de maluquice"), o mito é ainda forte nos dias de hoje.
Michael Jackson comprou o esqueleto do Homem Elefante
No ápice de sua popularidade no final dos anos oitenta, tablóides publicaram várias historias como a que ele dormia em uma câmara de oxigênio, dividia seu quarto com garotos e, a favorita, ele comprou os restos mortais do homem elefante. Uma grande história, a triste realidade é que seu esqueleto na verdade é propriedade de uma universidade em Londres.
Marilyn Manson ou Prince retiraram algumas costelas pra praticar sexo oral em si mesmos
Um hilário mito mais recente associado a dois artistas com egos gigantes. Na tentação de chuparem a si mesmos como Ron Jeremy, foi dito que essas duas estrelas da musica teriam removido duas costelas inferiores. Brilhantemente, Manson nunca negou o boato, observando numa entrevista: "Quem realmente teria tempo para matar cães quando você pode chupar seu próprio pênis?" Excelente argumento.
O mito diz que a cantora de 32 anos do Mamas & Papas morreu depois que um sanduíche com o qual ela estava brincando em seu flat em Londres ficou preso em sua garganta em 1974. O médico legista não encontrou nenhuma evidencia de comida na traquéia de Cass, ao invés disso concluiu que ela havia morrido por insuficiência cardíaca causada por uma dieta não saudável e obesidade. Uma trágica realidade no entanto.
Sim, você leu corretamente, os integrantes dp Zeppelin estavam aparentemente tão pervertidos naquele dia, que amarraram uma groupie em uma cama, e começaram a penetrar um pedaço de tubarão em suas regiões inferiores. Surpreendentemente há alguma verdade nisso. O peixe em questão era muito menor, e o perpetuador de tudo foi o empresário de turnês do Led Zeppelin Richard Cole.
A jovem lenda do blues acreditava ter se encontrado com Satanás às margens do Mississipi, onde vendeu sua alma em troca de impressionantes habilidades com o violão. Os criadores do mito sustentam essa teoria com base na faixa de Johnson de 1937 "Me and the Devil Blues". Na realidade Johnson se tornou uma lenda da guitarra em seus poucos 27 anos de vida, graças a uma boa prática e trabalho duro.
É perfeitamente plausível que nos anos sessenta Manson andava pendurado às margens da cena musical de Los Angeles. Mas o mito vai além, dizendo que o líder cultural, assassino e psicopata participou de uma audição para fazer parte da banda que fazia uma certa parodia dos Beatles, Os Monkees, em 1965. Embora esta pudesse ser uma interessante nota de rodapé para a carreira dos Monkees, Manson esteva na prisão entre 1961 e 1967, portanto não há possibilidade de isso ter acontecido.
Gene Simmons teve a língua transplantada de uma vaca
Aparentemente percebendo o enorme potencial de marketing em possuir uma enorme língua, a historia diz que a estrela do Kiss possui um pedaço de lingua de vaca preso à sua própria língua. Simmons possui uma língua invulgarmente grande, mas é um trabalho da mãe natureza, como ele descreve em sua autobiografia. Junte a isso que uma língua de vaca é grosseira, e não modelada como a de um humano, e você teria o ultimo prego no caixão.
Elvis Presley e Jim Morrison estão vivos e bem
De acordo com algumas pessoas, dois dos maiores nomes da música ainda estão entre nós até hoje. Aparentemente Elvis quis sair do estrelato, e atualmente está se refrescando em uma ilha deserta em algum lugar. Enquanto isso acredita-se que outra pessoa está no lugar de Jim Morrison, em seu túmulo em Paris. Ambas as teorias são claramente bobagem, porém há ainda um grande número de avistamentos de ambos os grandes músicos do passado.
Fotos dos Beatles em "Help!" vão a leilão
Gwyn Blanchard, então estudante de 13 anos, passou meia hora sob a chuva com um grupo de amigos no set de filmagem do segundo filme dos Beatles, esperando por um autógrafo, mas acabou sendo convidada para conversar com seus ídolos.
"Sabíamos que a filmagem ia acontecer naquele dia. Sendo crianças, nós fizemos um plano", disse Blanchard, que morava perto da locação.
Em "Help!", lançado em 1965, os Beatles tentam escapar das garras de uma cultura misteriosa. A trilha sonora inclui alguns dos maiores sucessos da banda, como "Ticket to Ride".
Enquanto os adolescentes estavam caminhando para o set, os Beatles passaram de carro e foram para o trailer da gravação. Blanchard e seus amigos decidiram esperar do lado de fora e ela disse que, por um momento, duvidou que fosse conseguir os autógrafos.
"Estávamos com os cadernos da escola abertos, esperando eles saírem, quando a porta abriu e o gerente disse: 'venham vê-los'."
"John Lennon estava sentado na minha frente", disse Blanchard à Reuters em entrevista por telefone. "Dei meu caderno a ele primeiro. Depois ele passou para o Ringo, e aí a caneta não funcionou", contou.
"John era o mais falante. Eles estavam brincando e sorrindo."
Vários dias depois ela voltou ao set, quando os Beatles estavam filmando a cena na qual eles brincam ao lado de alguns tanques. Blanchard tirou algumas fotos, com os integrantes da banda descansando entre as gravações.
"Eu tinha apenas uma Kodak de plástico pequena. Nós estávamos muito perto", disse ela.
Blanchard contou que manteve as fotos e os autógrafos em uma caixa por várias décadas, mas decidiu vendê-las agora.
A casa de leilões Cameio Auctioneers, que vai realizar a venda em 10 de novembro, disse que as fotos, acompanhadas dos autógrafos em um caderno, podem valer de 2 mil a 3 mil libras (3.300 a 4.950 dólares).
A cítara na música ocidental
George Harrison, guitarrista dos Beatles, foi um dos pioneiros e talvez o mais importante músico que introduziu os sons e melodias da cítara indiana no rock and roll. Em meados da década de sessenta George, junto com os seus companheiros de banda tiveram forte influência da cultura indiana através dos ensinamentos do guru Maharishi Yogi, consequentemente trazendo a música da Índia para os Beatles.
Ouça uma das músicas mais conhecidas dos Beatles, 'Across the Universe', que tem o som inconfundível da cítara:
Neste aspecto o maior mentor e professor que George teve foi o violinista Ravi Shankar, que também trabalhou com John Coltrane e o saxofonista Bud Shank entre tantos outros. Ravi ensinou George a tocar a cítara e a partir desta nova informação os Beatles revolucionaram as estruturas e harmonias que já estavam um pouco saturadas no mundo musical ocidental.
Além dos Beatles, os Rolling Stones, Stevie Wonder e alguns músicos da música country americana começaram a utilizar a cítara nas suas composições, o que inspirou um luthier Americano de Nashville no Tenesse a adaptar uma guitarra elétrica para reproduzir o som da cítara sem ter que aprender este difícil instrumento. Ele desenvolveu um instrumento que pode ser tocado como uma guitarra normal, de seis cordas, mas que reproduz o som da cítara. É claro que a escala de uma guitarra é totalmente diferente do que a escala da cítara, mas o som é muito parecido. Eu tenho uma guitarra destas que eu comprei diretamente do Jerry e já usei em alguns discos do Sepultura, no meu disco solo "HUBRIS" e em algumas trilhas para cinema.
Aqui no Brasil nós temos dois grandes citaristas que também navegam com seus instrumentos em outros estilos além da música clássica indiana, o Krucis e o Marsicano. O Krucis, que é um grande amigo meu, é citarista clássico indiano e já tivemos oportunidade de fazer algumas experiências musicais juntos. Eu conheci o Krucis através de Sérgio Dias, guitarrista dos Mutantes, que também toca muito bem a cítara e já a usou em alguns temas da banda. Eu tive o privilégio de participar de um evento no qual se juntou a viola caipira, a guitarra elétrica, o violão e a cítara para um show, foi um projeto fantástico que culminou com uma versão de "Asa Branca" com todos os instrumentos juntos. Foi uma experiência única. O outro grande citarista é o Marsicano, que toca uma cítara amplificada, como se fosse uma guitarra, o que possibilita toca-la com um amplificador, multiplicando as possibilidades do instrumento. Ele já fez excelentes versões de Jimi Hendrix e tem influências de Black Sabbath, Pink Floyd, Tom Jobim e Debussy, realmente uma salda musical interpretada de forma muito original. Eu também tive a oportunidade de tocar com ele em uma virada cultural da cidade de São Paulo. Tocamos Led Zeppelin e Jimi Hendrix sem muito ensaio e com bastante improviso. Ele é uma figura fantástica. Veja um show que fiz junto com o Krucis usando a minha guitarra/cítara fabricada por Jerry Jones:
A interação entre as culturas através da arte sempre vai ser o caminho mais seguro para se aprender e respeitar diferenças pelo mundo. Além de unir as pessoas, este movimento acaba criando novas maneiras de se tocar e de se expressar na música. Mantenha sempre os ouvidos abertos, não tenha medo de arriscar e de experimentar novas influências, por mais malucas que possam ser. Faça algo realmente novo, algo que ninguém ainda ouviu.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
E O GRUNGE VOLTA A RESPIRAR !!!!
A maioria das pessoas já ouviu falar em Kurt Cobain: maior ícone do movimento grunge (algo como 'sujo', em inglês), falecido há mais de uma década, mas com uma influência no mundo musical que causa inveja até hoje. Grandes nomes do movimento, como o próprio Nirvana, Pearl Jam e Alice in Chains, continuam com seus fãs fervorosos. Mas o que foi exatamente o movimento grunge, que tanto modificou o cenário do rock em escala mundial?
Em suma, esse estilo reúne características do heavy metal e do punk rock. As guitarras distorcidas se assemelham ao metal dos anos 70, já a atitude e as letras confessionais foram inspiradas no movimento punk.
A cidade americana de Seattle foi o epicentro desse furacão, que começou com bandas como Soundgarden e Green River. Seu clima, sempre chuvoso e frio, colaborava para o tom depressivo e melancólico da maioria das letras. A famosa gravadora Sub-Pop, que completa 20 anos de existência este ano, foi o estopim inicial do movimento. Na Sub-Pop, onde as gravações pareciam feitas em garagens, os produtores tentavam conservar as características musicais de cada banda. Quando o estilo ganhou espaço na mídia, as bandas assinaram contratos com grandes gravadoras, o que fez o movimento perder um pouco de sua crueza original. A criação de álbuns mais produzidos tornou esse tipo de música um produto mais acessível comercialmente.