Por Andreas Kisser, colunista do Yahoo! Brasil
George Harrison, guitarrista dos Beatles, foi um dos pioneiros e talvez o mais importante músico que introduziu os sons e melodias da cítara indiana no rock and roll. Em meados da década de sessenta George, junto com os seus companheiros de banda tiveram forte influência da cultura indiana através dos ensinamentos do guru Maharishi Yogi, consequentemente trazendo a música da Índia para os Beatles.
Ouça uma das músicas mais conhecidas dos Beatles, 'Across the Universe', que tem o som inconfundível da cítara:
Neste aspecto o maior mentor e professor que George teve foi o violinista Ravi Shankar, que também trabalhou com John Coltrane e o saxofonista Bud Shank entre tantos outros. Ravi ensinou George a tocar a cítara e a partir desta nova informação os Beatles revolucionaram as estruturas e harmonias que já estavam um pouco saturadas no mundo musical ocidental.
Além dos Beatles, os Rolling Stones, Stevie Wonder e alguns músicos da música country americana começaram a utilizar a cítara nas suas composições, o que inspirou um luthier Americano de Nashville no Tenesse a adaptar uma guitarra elétrica para reproduzir o som da cítara sem ter que aprender este difícil instrumento. Ele desenvolveu um instrumento que pode ser tocado como uma guitarra normal, de seis cordas, mas que reproduz o som da cítara. É claro que a escala de uma guitarra é totalmente diferente do que a escala da cítara, mas o som é muito parecido. Eu tenho uma guitarra destas que eu comprei diretamente do Jerry e já usei em alguns discos do Sepultura, no meu disco solo "HUBRIS" e em algumas trilhas para cinema.
Aqui no Brasil nós temos dois grandes citaristas que também navegam com seus instrumentos em outros estilos além da música clássica indiana, o Krucis e o Marsicano. O Krucis, que é um grande amigo meu, é citarista clássico indiano e já tivemos oportunidade de fazer algumas experiências musicais juntos. Eu conheci o Krucis através de Sérgio Dias, guitarrista dos Mutantes, que também toca muito bem a cítara e já a usou em alguns temas da banda. Eu tive o privilégio de participar de um evento no qual se juntou a viola caipira, a guitarra elétrica, o violão e a cítara para um show, foi um projeto fantástico que culminou com uma versão de "Asa Branca" com todos os instrumentos juntos. Foi uma experiência única. O outro grande citarista é o Marsicano, que toca uma cítara amplificada, como se fosse uma guitarra, o que possibilita toca-la com um amplificador, multiplicando as possibilidades do instrumento. Ele já fez excelentes versões de Jimi Hendrix e tem influências de Black Sabbath, Pink Floyd, Tom Jobim e Debussy, realmente uma salda musical interpretada de forma muito original. Eu também tive a oportunidade de tocar com ele em uma virada cultural da cidade de São Paulo. Tocamos Led Zeppelin e Jimi Hendrix sem muito ensaio e com bastante improviso. Ele é uma figura fantástica. Veja um show que fiz junto com o Krucis usando a minha guitarra/cítara fabricada por Jerry Jones:
A interação entre as culturas através da arte sempre vai ser o caminho mais seguro para se aprender e respeitar diferenças pelo mundo. Além de unir as pessoas, este movimento acaba criando novas maneiras de se tocar e de se expressar na música. Mantenha sempre os ouvidos abertos, não tenha medo de arriscar e de experimentar novas influências, por mais malucas que possam ser. Faça algo realmente novo, algo que ninguém ainda ouviu.
George Harrison, guitarrista dos Beatles, foi um dos pioneiros e talvez o mais importante músico que introduziu os sons e melodias da cítara indiana no rock and roll. Em meados da década de sessenta George, junto com os seus companheiros de banda tiveram forte influência da cultura indiana através dos ensinamentos do guru Maharishi Yogi, consequentemente trazendo a música da Índia para os Beatles.
Ouça uma das músicas mais conhecidas dos Beatles, 'Across the Universe', que tem o som inconfundível da cítara:
Neste aspecto o maior mentor e professor que George teve foi o violinista Ravi Shankar, que também trabalhou com John Coltrane e o saxofonista Bud Shank entre tantos outros. Ravi ensinou George a tocar a cítara e a partir desta nova informação os Beatles revolucionaram as estruturas e harmonias que já estavam um pouco saturadas no mundo musical ocidental.
Além dos Beatles, os Rolling Stones, Stevie Wonder e alguns músicos da música country americana começaram a utilizar a cítara nas suas composições, o que inspirou um luthier Americano de Nashville no Tenesse a adaptar uma guitarra elétrica para reproduzir o som da cítara sem ter que aprender este difícil instrumento. Ele desenvolveu um instrumento que pode ser tocado como uma guitarra normal, de seis cordas, mas que reproduz o som da cítara. É claro que a escala de uma guitarra é totalmente diferente do que a escala da cítara, mas o som é muito parecido. Eu tenho uma guitarra destas que eu comprei diretamente do Jerry e já usei em alguns discos do Sepultura, no meu disco solo "HUBRIS" e em algumas trilhas para cinema.
Aqui no Brasil nós temos dois grandes citaristas que também navegam com seus instrumentos em outros estilos além da música clássica indiana, o Krucis e o Marsicano. O Krucis, que é um grande amigo meu, é citarista clássico indiano e já tivemos oportunidade de fazer algumas experiências musicais juntos. Eu conheci o Krucis através de Sérgio Dias, guitarrista dos Mutantes, que também toca muito bem a cítara e já a usou em alguns temas da banda. Eu tive o privilégio de participar de um evento no qual se juntou a viola caipira, a guitarra elétrica, o violão e a cítara para um show, foi um projeto fantástico que culminou com uma versão de "Asa Branca" com todos os instrumentos juntos. Foi uma experiência única. O outro grande citarista é o Marsicano, que toca uma cítara amplificada, como se fosse uma guitarra, o que possibilita toca-la com um amplificador, multiplicando as possibilidades do instrumento. Ele já fez excelentes versões de Jimi Hendrix e tem influências de Black Sabbath, Pink Floyd, Tom Jobim e Debussy, realmente uma salda musical interpretada de forma muito original. Eu também tive a oportunidade de tocar com ele em uma virada cultural da cidade de São Paulo. Tocamos Led Zeppelin e Jimi Hendrix sem muito ensaio e com bastante improviso. Ele é uma figura fantástica. Veja um show que fiz junto com o Krucis usando a minha guitarra/cítara fabricada por Jerry Jones:
A interação entre as culturas através da arte sempre vai ser o caminho mais seguro para se aprender e respeitar diferenças pelo mundo. Além de unir as pessoas, este movimento acaba criando novas maneiras de se tocar e de se expressar na música. Mantenha sempre os ouvidos abertos, não tenha medo de arriscar e de experimentar novas influências, por mais malucas que possam ser. Faça algo realmente novo, algo que ninguém ainda ouviu.
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